Recordar é viver!

"Contar é muito dificultoso. Não pelos anos que já se passaram. Mas pela astúcia que têm certas coisas passadas de fazer balance, de se remexerem dos lugares. A lembrança da vida da gente se guarda em trechos diversos; uns com os outros acho que nem se misturam... Contar seguido, alinhavado, só mesmo sendo coisas de rasa importância. Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da gente do que outras de recente data. Toda saudade é uma espécie de velhice. Talvez, então, a melhor coisa seria contar a infância não como um filme em que a vida acontece no tempo, uma coisa depois da outra, na ordem certa,sendo essa conexão que lhe dá sentido, princípio, meio e fim, mas como um álbum de retratos,cada um completo em si mesmo, cada um contendo o sentido inteiro. Talvez seja esse o jeito de escrever sobre a alma em cuja memória se encontram as coisas eternas, que permanecem..."Guimarães Rosa. Quero trazer à memória aquilo que me dá esperança, como diz a palavra do Senhor, em Lamentações 3: 21. Desejo que minhas postagem tragam ânimo. “Sem memória, hoje, nossa civilização caminha desnorteada, pois não conhece seu passado, não tem consciência em seu presente, e não projeta perspectiva no futuro”.

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domingo, 17 de novembro de 2013

Papai Noel?


Não está na Bíblia, como também não está a Branca de neve, a Cinderela, os três porquinhos, entre outros que são criações para o imaginário infantil. A criança precisa dessas fantasias. E é melhor acreditar por um tempo em um bom velhinho do que vivenciar a triste realidade da violência, das drogas e falta de amor nas ruas.


Márcia Aragão Salles Ferreira

O destino da narração de contos é o de ensinar a criança a escutar, a pensar e 

a ver com olhos da imaginação (ABRAMOVICH, 2005, p.23).

 “A paixão pela fantasia começa muito cedo, não existe infância sem ela, e a fantasia 
se alimenta da ficção, portanto não existe infância sem ficção”.(CORSO; 2006 p. 17). 
Sendo assim, podemos dizer que a fantasia é indissociável da ficção e para que essa última 
exista de fato, precisamos continue existindo os leitores e neste caso dos pequenos leitores. 
Dessa forma, podemos dizer que o imaginário é tudo que não podemos estabelecer 
fronteiras entre o real e o que é parte daquilo que estamos imaginando.

A importância do trabalho criador ( imaginativo) se verifica no desenvolvimento 
da criatividade infantil, na evolução e no amadurecimento da criança, pois no 
plano imaginário podem ser observados os desenvolvimentos cognitivos, pelo 
raciocínio estimulado, assim como a memória além de uma amplitude nas noções 
de valores morais. (VYGOTSKY, 1996, p. 18)

O professor quando aproxima seus alunos da leitura e dos contos de fadas está na
verdade abrindo a possibilidade de que os educandos possam elaborar e amadurecer sua
própria linguagem literária e com isso também a escrita é favorecida, pois crianças 
escreverão como crianças e jamais como adultos em miniaturas.
Dessa forma, o imaginário infantil pode ser compreendido como um dos fatores 
construtores da personalidade das crianças, pois esse imaginário apela para modelos sociais 
fazendo com que a criança descubra-se em relação ao outro, elaborando o seu ideal de Eu, 
tendo por base as pessoas do seu convívio.

 Itiane Elena de Mello 



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