Recordar é viver!

"Contar é muito dificultoso. Não pelos anos que já se passaram. Mas pela astúcia que têm certas coisas passadas de fazer balance, de se remexerem dos lugares. A lembrança da vida da gente se guarda em trechos diversos; uns com os outros acho que nem se misturam... Contar seguido, alinhavado, só mesmo sendo coisas de rasa importância. Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da gente do que outras de recente data. Toda saudade é uma espécie de velhice. Talvez, então, a melhor coisa seria contar a infância não como um filme em que a vida acontece no tempo, uma coisa depois da outra, na ordem certa,sendo essa conexão que lhe dá sentido, princípio, meio e fim, mas como um álbum de retratos,cada um completo em si mesmo, cada um contendo o sentido inteiro. Talvez seja esse o jeito de escrever sobre a alma em cuja memória se encontram as coisas eternas, que permanecem..."Guimarães Rosa. Quero trazer à memória aquilo que me dá esperança, como diz a palavra do Senhor, em Lamentações 3: 21. Desejo que minhas postagem tragam ânimo. “Sem memória, hoje, nossa civilização caminha desnorteada, pois não conhece seu passado, não tem consciência em seu presente, e não projeta perspectiva no futuro”.

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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Projeto: Nós animais no mesmo barco.



"Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante." 
Albert Schwweitzer (Nobel da Paz - 1952)

    

     

 Reconhecer, valorizar e protege os animais, objetivos fundamentais desse projeto. Não nos vemos como animais, mas muitas vezes agimos com irracionais.





segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Projeto: Quem canta encanta!



Depois do silêncio, o que mais se aproxima de expressar o inexprimível é a música.

      Em 2010, na creche Sonho Feliz, a música na turma do berçário II, expressava o que não pode ser dito em palavras, partindo desse interesse, criamos um trabalho voltado a música de diferentes épocas e rítmos, afinal...

Quem canta os males espanta!


 "No mundo do faz de conta", sei tocar violão muito bem.

 Isabela com o cavaquinho.

 As crianças compartilharam variados intrumentos oferecidos na sala de atividades.

 Cartazes com as produções das crianças em sala.

Cartaz com o tema do projeto.

    É necessário sempre diversificar os repertório pré-escolar, as crianças gostam de ter contato com diferente estilos musicais. As danças e rodopios é um bom exercício físico e ajuda no desenvolvimento da fala.
    A música na Educação Infantil deve ser uma importante fonte de estímulos, equilíbrio e momento feliz para a criança. Cada momento musical deve incentivar ações, comportamento motores e gestuais. Entendemos a musicalidade como uma tendência que leva o ser humano para a música, quanto maior a musicalidade e mais cedo a mesma é incentivada no indivíduo, mais rápido será seu desenvolvimento.  
Por Fernando Rebouças

 Educadora Luciana com seu filho ao teclado.

 Educadoras responsáveis pelo projeto: Eliane, Márcia, Vera, Valéria e Luciana.


"O educador deve estimular a criança pequena a desenvolver a linguagem utilizando-se de músicas e melodias curtas, com conteúdo criativo, que possibilitem sempre novas aprendizagens. Observamos escolas que utilizam sempre as mesmas músicas, sem qualquer tipo de variedade, fazendo uso de músicas veiculadas pela mídia, que na maioria das vezes não acrescentam conhecimento às crianças."
Durante o desenvolvimento do projeto  procuramos inserir diferentes estilos e ritmos musicais, além das tão conhecidas canções infantis.

Algumas das músicas apresentadas: Glenn Miller - In The Mood,  Super Fantástico - Balão Mágico,  Dó ré  mi - Trilha sonora do filme "A noviça rebelde", Boneca de lata - Bia Bedran, entre outras.


domingo, 28 de outubro de 2012

Diversão garantida.

Festa comemorando o "Dia das crianças", a diversão foi garantida para todos que estavam presentes.


Educadora Márcia Aragão


 Educadoras: Maria Helena, Rosilene, Márcia e Michele Cristina.


Dançamos ao som da música "O semeador" (Aline Barros).


Projeto "Amar é ..." nº 2

      O  projeto foi tão prazeroso tanto para as educadoras quanto para as crianças que decidimos repeti-lo no ano de 2008. Algumas mudanças foram necessárias para atender as necessidades da turma.





 Educadora Maria Helena apresentando os "combinados".

Educadora Márcia Aragão e crianças em plena atividade com tinta guache.


A produção no varal da sala de atividades.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Projeto: Amar é...

       "Amar é..."
 Projeto que nasceu em meu coração em 2008, cresceu se fortaleceu e sensibilizou todos os participantes.
Faixa etária das crianças envolvidas: 1ano a 1ano e 11 meses.


"Não se pode falar em educação sem amor." Paulo Freire

   
    Após o período de acolhimento na turma do berçário II,  começaram a surgir conflitos entre as crianças.  Conflitos que na maioria das vezes terminava em choro, birra e também mordidas. Nós educadoras não queríamos ser autoritárias com as crianças e sim exercer autoridade, dando nosso exemplo, agindo com lógica e afeto.


  Preparamos cartazes com desenhos e frases significativas de regras de convivência, os combinados. Fixamos os cartazes na parede da sala de atividades em uma altura acessível às crianças. A cada situação de conflito entre as crianças, nos dirigíamos até os cartazes com os combinados e conversávamos com as crianças, deixando claro qual regra foi quebrada. 


   
Presenciamos crianças levando um amiguinho até os cartazes apontando os desenhos e balbuciando alguma coisa como se estivesse ensinando as regras.



     
 Mural exposto na sala de atividades com a opinião dos responsáveis 
sobre o que é amar e como demonstrar, promovendo um debate sadio e enriquecedor.


   Nunca se falou tanto da necessidade de se impor limites. Parece que a sociedade carece de regras e de leis e não do seu cumprimento efetivo. A construção dos padrões desejados de comportamento, de hábitos e de atitudes é um processo complexo que vai se constituindo ao longo da vida e depende da ação conjunta de todos: creche, responsáveis e comunidade de que são parte.

    Confiança - não há relação que se sustente ou aprendizado efetivo que se desenvolva sem sua presença. Vimos as mudanças em nossas crianças, em nós educadores e nos responsáveis, afinal, amar é contagiante.


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

IV Troca de Experiências Bem Sucedidas em Educação Infantil



 Relato de experiência publicado no livro:
 IV Troca de Experiências Bem-Sucedidas em Educação Infantil  2006 
Prefeitura do Rio de Janeiro
Quem sou eu?
Educar é acreditar que a mudança é possível.”      
 Paulo Freire (1999)



Na foto, crianças do berçário I  e as educadoras responsáveis pelo projeto: Ana Lúcia, Rosângela Reis, Michele Cristina e Márcia Aragão.

      O ano letivo de 2006 começou e demos início ao período de acolhimento e trocas entre família, criança, educador e instituição.  Nós, educadoras do Berçário I, sabíamos que tínhamos muito a aprender com essa situação nova, pois na maioria dos casos, era  a primeira vez que os bebês frequentavam um ambiente diferente do meio familiar. Isso valia tanto para as famílias quanto para a própria creche que, juntas, compartilhavam a responsabilidade de cuidar da criança pequena e educá-la.
     Podemos dizer que esse primeiro contato desencadeou, no nosso grupo, inúmeros desafios, conflitos, descobertas e superações. Dia a dia, nos conhecíamos um pouco mais e sentíamos que muitos responsáveis ainda viam a creche como um lugar onde podiam “depositar” o seu filho e “sacá-lo” ao final da tarde, parafraseando uma ideia bancária, sem que desejassem participar da proposta resal da creche.  Outros não entendiam ou não atendiam as nossas solicitações e dúvidas em relação às crianças. Com outros, tínhamos dificuldade em nos aproximar. Mas decidimos aceitar esse desafio!
     A situação era difícil e desgastante. Era necessário acolher as famílias e as crianças e transformar a rotina da creche em agradáveis momentos, proporcionando alegria e prazer aos nossos pequenos, aproveitando suas experiências e o desenvolvimento de cada um.
    Passamos a observar as características particulares de cada criança, percebendo o que distinguia uma das outras. Em sala, a  educadora Márcia Aragão, passou a anotar essas particularidades e a transcrever, em versos, o que observava. Pensamos que isso pudesse auxiliar no estreitamento de laços entre o trabalho proposto pelos profissionais da creche e as famílias recém-chegadas à instituição. Resolvemos montar um painel, utilizando esses versos, o nome e a marca da mãozinha de cada criança (feita com tinta comestível). Expomos no mural próximo à entrada da creche e o intitulamos “Quem sou eu?”, com o objetivo de chamar a atenção dos responsáveis e convidá-los a participar da rotina da creche.
     Para nossa alegria, as famílias interagiam com o mural, tentavam descobrir qual criança correspondia àqueles versos, aprovaram a escrita dedicada a seus filhos e se mostraram muito orgulhosas e valorizadas. Ler cada verso se tornou uma agradável brincadeira para os responsáveis e também para os funcionários da creche. Todos tinham a oportunidade de concordar, discordar ou sugerir novos versos, a partir das descobertas que faziam a respeito de cada criança. Vínculos foram se ampliando, possibilitando proveitosas conversas e descobertas com os responsáveis.