Recordar é viver!

"Contar é muito dificultoso. Não pelos anos que já se passaram. Mas pela astúcia que têm certas coisas passadas de fazer balance, de se remexerem dos lugares. A lembrança da vida da gente se guarda em trechos diversos; uns com os outros acho que nem se misturam... Contar seguido, alinhavado, só mesmo sendo coisas de rasa importância. Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da gente do que outras de recente data. Toda saudade é uma espécie de velhice. Talvez, então, a melhor coisa seria contar a infância não como um filme em que a vida acontece no tempo, uma coisa depois da outra, na ordem certa,sendo essa conexão que lhe dá sentido, princípio, meio e fim, mas como um álbum de retratos,cada um completo em si mesmo, cada um contendo o sentido inteiro. Talvez seja esse o jeito de escrever sobre a alma em cuja memória se encontram as coisas eternas, que permanecem..."Guimarães Rosa. Quero trazer à memória aquilo que me dá esperança, como diz a palavra do Senhor, em Lamentações 3: 21. Desejo que minhas postagem tragam ânimo. “Sem memória, hoje, nossa civilização caminha desnorteada, pois não conhece seu passado, não tem consciência em seu presente, e não projeta perspectiva no futuro”.

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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Projeto: Amar é...

       "Amar é..."
 Projeto que nasceu em meu coração em 2008, cresceu se fortaleceu e sensibilizou todos os participantes.
Faixa etária das crianças envolvidas: 1ano a 1ano e 11 meses.


"Não se pode falar em educação sem amor." Paulo Freire

   
    Após o período de acolhimento na turma do berçário II,  começaram a surgir conflitos entre as crianças.  Conflitos que na maioria das vezes terminava em choro, birra e também mordidas. Nós educadoras não queríamos ser autoritárias com as crianças e sim exercer autoridade, dando nosso exemplo, agindo com lógica e afeto.


  Preparamos cartazes com desenhos e frases significativas de regras de convivência, os combinados. Fixamos os cartazes na parede da sala de atividades em uma altura acessível às crianças. A cada situação de conflito entre as crianças, nos dirigíamos até os cartazes com os combinados e conversávamos com as crianças, deixando claro qual regra foi quebrada. 


   
Presenciamos crianças levando um amiguinho até os cartazes apontando os desenhos e balbuciando alguma coisa como se estivesse ensinando as regras.



     
 Mural exposto na sala de atividades com a opinião dos responsáveis 
sobre o que é amar e como demonstrar, promovendo um debate sadio e enriquecedor.


   Nunca se falou tanto da necessidade de se impor limites. Parece que a sociedade carece de regras e de leis e não do seu cumprimento efetivo. A construção dos padrões desejados de comportamento, de hábitos e de atitudes é um processo complexo que vai se constituindo ao longo da vida e depende da ação conjunta de todos: creche, responsáveis e comunidade de que são parte.

    Confiança - não há relação que se sustente ou aprendizado efetivo que se desenvolva sem sua presença. Vimos as mudanças em nossas crianças, em nós educadores e nos responsáveis, afinal, amar é contagiante.


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