Recordar é viver!

"Contar é muito dificultoso. Não pelos anos que já se passaram. Mas pela astúcia que têm certas coisas passadas de fazer balance, de se remexerem dos lugares. A lembrança da vida da gente se guarda em trechos diversos; uns com os outros acho que nem se misturam... Contar seguido, alinhavado, só mesmo sendo coisas de rasa importância. Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da gente do que outras de recente data. Toda saudade é uma espécie de velhice. Talvez, então, a melhor coisa seria contar a infância não como um filme em que a vida acontece no tempo, uma coisa depois da outra, na ordem certa,sendo essa conexão que lhe dá sentido, princípio, meio e fim, mas como um álbum de retratos,cada um completo em si mesmo, cada um contendo o sentido inteiro. Talvez seja esse o jeito de escrever sobre a alma em cuja memória se encontram as coisas eternas, que permanecem..."Guimarães Rosa. Quero trazer à memória aquilo que me dá esperança, como diz a palavra do Senhor, em Lamentações 3: 21. Desejo que minhas postagem tragam ânimo. “Sem memória, hoje, nossa civilização caminha desnorteada, pois não conhece seu passado, não tem consciência em seu presente, e não projeta perspectiva no futuro”.

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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Recordar é viver!



Sem memória, hoje, nossa civilização caminha desnorteada, pois não conhece seu passado, não tem consciência em seu presente, e não projeta perspectiva no futuro.

  Crise da História, crise da Memória
       Um dos fenômenos mais trágicos das sociedades pós-modernas é a ausência (ou perda) da memória, seja ela individual ou coletiva. Sim, hoje o homem é um infeliz desmemoriado. Carente, necessitado e angustiado, ele recusou a memória, pois há cerca de quarenta anos a pedagogia construtivista baniu a “decoreba” dos bancos escolares. E ninguém melhor que Salvador Dalí (1904-1989) para representar o esvaecimento da memória nos tempos modernos, em um belíssimo e instigante quadro com quatro relógios que se derretem, tendo como pano de fundo uma sombria e isolada paisagem (A persistência da memória, 1931).
    Na Educação, decorar passou a ser sinônimo de injúria, de ofensa, uma desqualificação para o educador. Paulo Freire (1921-1997) e muitos pedagogos atuais se esqueceram que decorar significa “saber de cor”, com o coração, pois quando se ama o conhecimento, ele é adquirido primeiro com o coração, depois com a mente.


 Salvador Dalí, Persistência da Memória (Persistance de la mémoire, 1931).

Créditos: 
http://www.ricardocosta.com/


  




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